Beyoncé tem deixado cada vez mais claro que luta pelo fim do racismo e empoderamento negro. A causa está presente nas letras e videoclipes da artista, mas também está no vestir e no posicionamento político público, como o apoio às campanhas de Barack Obama e Hillary Clinton. Apoio esse, feito também, por meio de roupas como camisetas e brincos com referência aos candidatos.
A estrela não ficou apenas levantando a bandeira para Obama, como ajudou a levantar fundos para a campanha.
Ela usa do status de celebridade para fazer o que está ao alcance dela: destina verbas de álbuns para apoiar artistas africanos, distribui bolsas de estudo para jovens negros fazerem faculdade, contrata preferencialmente mulheres negras para trabalhar com ela, apoia e divulga profissionais negros em seu site e redes sociais.
A cantora sabe o quanto representatividade importa e temos visto ela usando cada vez mais os cabelos cacheados ou trançados.
No último álbum visual #BlackIsKing, em que Beyoncé colocou a estética africana no pedestal do luxo e do glamour, deixando claro para o mundo que a cultura negra não é inferior a branca, ela usou roupas e acessórios de diversos estilistas negros, mas também usou grifes renomadas no mercado de luxo. E isso tem a ver sim com representatividade.
Empoderar os negros é mais do que abrir espaço para eles no mercado de trabalho. É também mostrar que os negros podem e devem consumir produtos tradicionalmente vistos como de elite tradicionalmente branca (e a @dehestilo tem posts incríveis sobre isso). É importante reforçar que marcas que demonstram status social também podem fazer parte do guarda-roupa das mulheres e homens negros. É importante mostrar que pessoas negras podem frequentar espaços de luxo e glamour como consumidores e não como funcionários para servir a branquitude privilegiada.
É importante, não só para escancarar o racismo que ainda existe hoje, mas para fazer com que as crianças e jovens negros de hoje também se percebam como protagonistas nos espaços de status e poder. Esse é um importante papel político que Beyoncé tem, sem nunca sequer ter concorrido a um cargo eletivo. Porque política também se faz fora dos plenários e palácios.